O vulcão dos capelinhos, que em 27 de Setembro de 1957 alterou para sempre o destino de tantos Açorianos, continua sendo uma atracção para turistas de todo o mundo. Assim todo Faialense emigrado de visita à ILHA regra geral, visita o Vulcão na primeira semana.
Não fiz excepção. Logo no segundo dia fui ao Capelo.
Algumas casas ainda em ruínas e sem tecto de paredes carcomidas pelas intempéries, refletem a desolação e a tristeza dos habitantes que á mais de quatro décadas, foram obrigados a abandonar os seus lares. Já se vêem algumas verduras em áreas que ao tempo ficaram totalmente soterradas pela cinza negra do vulcão.
Continuei o meu trajecto à
volta da ilha, e o aspecto desolador de algumas áeras deixou-me deveras entristecida. Casas e igrejas arruinadas, muros tornados maroiços de pedra,vestígios evidentes dos danos causados pelo sismo de 1998. Marcas óbvias e impressionantes do sofrimento daquelas gentes que na lava quente, moldam a arte da resignação e a coragem de procurarem no destino conforto para as frequentes tragédias a que estão sujeitos, pela sua condição de ILHÉUS.
Continuei o meu caminho e ao chegar aos Cedros notei a beleza e o número de casas modernas recentemente reconstuídas e que contrastam com tantas outras
que hoje não passam de ruínas, recordações dolorodas da intensidade dos tremores sofridos durante os últimos anos. Fiquuei deveras contente quando para o carro no centro da Praça dos Cedros e vejo o belíssimo Império do Dívino Espírito Santo pintado de fresco para as festas já próximas. Linda também estava a Igreja já restaurada do incêndio de 1971.
Senti-me como uma turista que visitava a ILHA pela primeira vez e sem notar deixei-me invadir por um sentimento nostálgico.
Ao chegar à Cidade da Horta e ao passar pela marina senti uma lágrima rebelde me toldava a vista e,
Assim me despedi
do cantinho onde nasci,
e lá resolvi deixar
sementes a germinar.
Ali eu hei-de colher
os frutos daquele mar
e ei-de ir ao Pátio
para ver as toninhas a bailar.
Foto e texto: Fernanda
14 comentários:
diga-se excelente foto acompanhada de excelente texto.
O Tiago recomendou. Gostei.
Por falar nisso, já viu o UNITEDPHOTOS.BLOGSPOT.COM? Veja e se quiser entrar, diga...
*
foi impressionante
e, continua,
com o teu texto
*
bjinos
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Olá, sou a Mónica, sobrinha de Rui Pestana. Vi o seu comentário no blog do meu tio e decidi fazer uma pequena visita ao seu!
Achei as imagens muito giras, ainda para mais imagens dos Açores, 9 ilhas lindas que eu adorava tanto visitar! Já fui a S. Miguel e é uma ilha lindíssima!
Continue com o blog e espero conhecer mais os Açores através dele!
Muitos parabéns! ;)
Olá :)
Venho por este meio...não , não é uma carta.... venho lhe oferecer "estrelinhas doces"... não é preciso comprar...é só passar no meu blog... e deixar uma palavra apenas... para que eu possa responder...pois adoro escrever...e qual o destino e assunto... saber!
estrelinhas doces
Belisa
Gostei muito do teu texto e da foto também.
Parabéns!!!
Beijinho para ti,
Amiga Fernanda
Vejo que canta os seus Açores com todas as forças da sua alma...
Vim retribuir-lhe a sua gentil visita ao meu porentremontesevales e gostei do que vi.
Já estive nos Açores há muitos anos e por muito pouco que tenha mudado, se calhar já não o reconheceria, penso eu.
Como encontrei este seu cantinho ficarei a conhecê-lo melhor. No fundo é a nossa terra.
Um beijinho e um bom fim de semana para si
José Gonçalves
Bonifa foto e lembranças
beijo
Azulejos, Janelas, e não só, estão à espera...
Gostei imenso do texto e da foto. Tudo que é dos Açores me apaixona. Devo ter andado por lá numaoutra encarnação que nesta nunca lá pus os pés, com muita pena minha.
Um abraço
Tuas fotos tem um magia incrível!
Beijinhos de boa semana!
Bela imagem com um texto esclarecedor.
Queres ler o outro blog?
Beijo suave em ti
Pois...é sempre bom não esquecer!
Jinhos
É impressionante este local.
Ali, sentimos sobremaneira a nossa pequenez perante a natureza.
Um abraço
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